Children of the Revolution. - DIA 1

Templo do Equilíbrio. Nome bonito para um lugar onde não sobrou equilíbrio algum. Havia ali um silêncio particularmente ofensivo nas paredes e nos destroços. Voltamos com a notícia, e o olhar de Zalamon envelheceu alguns anos em poucos segundos. Não o culpo. A esperança, quando cai, faz mais barulho que uma muralha.

A esperança é frágil nas terras de Zao. Manoloso sente essa terra adoecer. Foi ele quem veio até mim, com suas palavras cuidadosas, pedir que eu também ajudasse a rebelião que o lagarto Zalamon tenta sustentar.

Após o relato do templo, recebemos uma nova missão. Investigar Chaochai. Uma antiga vila possivelmente tomada pelo exército inimigo para concentrar recursos. Observar, avaliar, compreender. Manoloso mostrava-se inquieto, sentindo sob os pés um pulsar estranho. Eu permanecia nos arredores, mão firme na bainha, ciente de que cada passo nos aproximava não apenas do inimigo, mas da verdade que Zalamon busca. Estas terras já não parecem pertencer aos que nelas caminham.

SPOILER ALERT SOBRE O ENREDO

A Rebelião em Zao

Zalamon é um líder lizard que tenta organizar uma resistência contra o avanço do imperador e de seu exército corrompido nas terras de Zao. Diferente dos demais de sua espécie, ele busca preservar o que resta de sua civilização e impedir que toda a região seja consumida pela corrupção que envenena solo, ar e criaturas.

Sua estratégia baseia-se em informação e sobrevivência, não em confronto direto. Por isso, ele convoca viajantes e aliados externos para missões de reconhecimento, coleta de documentos e investigação de posições inimigas. Seu objetivo principal é compreender a verdadeira força, tática e alcance do inimigo, pois admite não conhecer plenamente o perigo que enfrenta..

A rebelião de Zalamon é frágil, isolada e constantemente pressionada. Perdeu contato com antigos pontos de apoio, como o Templo do Equilíbrio, e vê as planícies de Zao caírem progressivamente sob o domínio do imperador. Ainda assim, ele persiste. A rebelião é sustentada mais pela necessidade do que pela esperança.