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César Coralis 24/05/25

"Você não está aqui pra sentir, Coralis. Está aqui pra agir — e, se necessário, sangrar por aqueles que não podem" — Talude

César Coralis é um ex-capitão da Marinha de Bradomar, marcado por perdas, escolhas difíceis e uma transformação que o tornou algo além de humano. Médico de combate e estrategista nato, carrega nos olhos a frieza da guerra e nos gestos a memória de um passado que insiste em chamá-lo de volta. Vampiro por necessidade, herói por escolha.

Background

Histórico de Vida

César Coralis nasceu em uma vila costeira da região de Bradomar, mas não cresceu entre o povo comum. Desde bebê, viveu em uma mansão imponente de pedras brancas e janelas largas voltadas para o mar. A casa pertencia ao seu pai, Cornélios Coralis, um influente funcionário da coroa — homem de postura inflexível, ideias rígidas e olhos que raramente expressavam afeto


César jamais conheceu sua mãe. Ela faleceu durante o parto, e seu nome nunca era mencionado dentro da casa. Cornélios a tratava como um fantasma, como se falar dela fosse abrir uma ferida que ele preferia manter enterrada. Ao invés disso, ele depositava em César uma exigência silenciosa e implacável: que fosse digno do sobrenome Coralis. Mas, para um menino inquieto, imaginativo e emocional, isso era uma prisão.

Na mesma casa vivia seu irmão mais velho, Caio Coralis, o exemplo perfeito de tudo que o pai desejava: sério, obediente, adepto das regras e da honra da família. Desde cedo, Caio e César se repeliam como forças opostas. As brigas eram constantes — não por ciúmes, mas por pura divergência de espírito. Caio não tolerava as fugas de César, suas amizades “impróprias”, suas ideias “caóticas”. César, por sua vez, desprezava a rigidez do irmão e sua lealdade cega ao pai.

A mansão, apesar do luxo e do conforto, era fria. Nenhum brinquedo fora dos lugares, nenhuma risada ecoava pelos corredores, e qualquer deslize era motivo para advertências, castigos ou semanas inteiras de silêncio punitivo. Foi por isso que, desde pequeno, César começou a fugir — pelos fundos da casa, pelos telhados, até alcançar o vilarejo próximo, onde os ferais viviam.

Ali, entre crianças com orelhas pontudas, garras pequenas e risos livres, César descobriu o que significava viver. Conheceu o gosto do pão quente nas feiras, a sujeira divertida de brincar na lama, a magia das histórias contadas à beira da fogueira. Ali ele aprendeu que o mundo era maior do que as paredes da mansão. Conheceu garotos e garotas que o fizeram corar e sorrir de um jeito que nenhuma lição do pai conseguiria ensinar. Foi no vilarejo que ele provou vinho pela primeira vez, rindo com os amigos escondido entre barris — e ali nasceu um amor que o acompanharia por toda a vida.

Cornélios, ao descobrir as escapadas, ficou furioso. Repetia que aquelas crianças eram “tolas e encrenqueiras”, indignas de sua companhia. Reforçou os portões, aumentou a vigilância, impôs rotinas de estudo e leitura sobre política, estratégia e etiqueta. Mas era tarde. O vilarejo já fazia parte de César, e ele sempre encontrava um jeito de voltar para lá.

Durante a adolescência, a vida de César mudou drasticamente. Cornélios adoeceu e, mesmo com os melhores médicos da corte, não resistiu. Sua morte não trouxe alívio, nem tristeza — apenas um silêncio desconfortável e um espaço vazio que ninguém tentou preencher. Caio assumiu o papel de “guardiã da honra” da família, tornando-se ainda mais duro, ainda mais intolerante.

Sem o pai para prender seus passos, César se alistou voluntariamente na Marinha de Bradomar, onde sua mente estratégica e habilidade em observar o comportamento humano logo chamaram atenção. Foi lá que ele se aprofundou nos estudos de medicina, orientado por oficiais que enxergavam seu talento. Embora tenha aprendido a salvar vidas no convés dos navios, foi no vilarejo — anos antes — que havia aprendido a valorá-las.

Durante uma missão crítica em alto-mar, César foi mortalmente ferido em combate. Seu superior, em um ato de desespero, usou sangue de vampiro para salvar sua vida. A transformação custou-lhe quase todos os traços ferais — exceto os chifres de cervo, que permanecem até hoje como um lembrete do que ele foi. A vida como vampiro o afastou ainda mais de seu irmão e dos ideais da coroa. Mas também lhe deu uma nova perspectiva: ele já não pertencia a lugar algum — e por isso podia escolher o seu próprio caminho.

Hoje, como Capitão da Marinha, César é conhecido por sua frieza em batalha, mas também por sua lealdade com os que escolhe proteger. Seus instintos são guiados por um código de justiça próprio, e sua paixão por vinho, aventuras noturnas e colecionar curiosidades estranhas é conhecida em todos os portos por onde passa. Entre uma missão e outra, ele ainda caminha por vilarejos, buscando reencontrar, no sorriso de um estranho ou no aroma de uma taberna.

Histórias

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Imagens
Postado por Cristian de Lupo.
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