Nascido entre os Merudri, um povo antigo e isolado nas montanhas do oriente, Jing Shen foi criado numa cultura onde o corpo é instrumento do espírito e a alma, um eco da criação. Os Merudri, longe das disputas políticas de Thais, Carlin ou até mesmo Zao, dedicaram sua existência à harmonia entre o mundo físico e o espiritual. Por gerações, mantiveram-se afastados dos conflitos do mundo. Mas os tempos mudaram. Antigos presságios e desequilíbrios nas correntes espirituais alertaram os mestres da ordem: a paz que os Merudri protegiam estava em risco. A energia vital — o fluxo essencial da existência — estava sendo perturbada por forças externas, vindas das sombras de locais corrompidos por ganância, magia perversa e guerra. Jing Shen, um dos mais promissores da nova geração de monges, foi escolhido para deixar os templos ocultos de seu povo e vagar pelo mundo. Não como guerreiro, mas como guardião da harmonia, atuando quando necessário para restaurar o equilíbrio — seja com meditação… ou com o poder dos punhos. Ele agora caminha por Tibia, seguindo sinais espirituais, ouvindo os murmúrios da terra, evitando os extremos do caos e da ordem absoluta. Seu objetivo não é converter, conquistar ou destruir, mas restaurar a serenidade onde há ruído, e silenciar o que ameaça a grande teia da existência. Jing Shen não se vê como um herói. Ele é apenas um fragmento do todo. Mas até uma única gota pode alterar a superfície de um lago em paz.